Na última segunda-feira, 3 de fevereiro, aconteceu uma reunião entre representantes do movimento Baía Viva e representantes da secretaria de Cultura do Rio para avaliar os desdobramentos da mudança do acervo do futuro Museu da Ilha, nas salas da XX Região Administrativa, próximo ao Shopping Ilha Plaza.

A administração local já comunicou que não poderá manter o acervo guardado mas deu prazo indeterminado ao grupo que vai cuidar de encontrar um novo local para o futuro Museu da Ilha.

Ilha do Governador é berço da história do Rio e do Brasil

Não faltam razões históricas para isso acontecer. A Ilha do Governador Salvador Corrêia de Sá tem 457 anos de fundação, mas a Ilha de Paranapuã, nome dado pelos moradores originais, os Temiminós, não tem nem data de início, de tão profunda que é a história dessa Ilha, de praias rasas e tranquilas. Pela Ilha já passaram invasões francesas, caçadores de onças, fábrica de pólvora, zeppelins e hidroaviões. Celebridades como Joaquim Manuel de Macedo, Vinicius de Morais, Luiz Gonzaga, Roberto Dinamite,  entre muitas histórias por serem contadas.

Onde tem história tem museu certo ?  Nem sempre, ou como diriam as novas gerações… só que não.

A Campanha por um museu na Ilha, apoiada há duas décadas pelo movimento Baía Viva, entre outros, já conseguiu o reconhecimento público, em 1999, como ” Centro de Referência Histórica “, e o acervo que já existe está numa sala da Região Administrativa, também conhecida como sub-prefeitura da Ilha. São centenas de documentos históricos, quadros, esculturas, peças de mobiliário, partes de construções antigas já demolidas. Mas ainda não há planos de exibição do acervo.