O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) emitiu um parecer técnico recomendando o indeferimento da licença para a instalação do Porto de Maricá, projeto anunciado pelo ex-prefeito Fabiano Horta e apoiado pelo governador Cláudio Castro. A decisão, baseada em estudos ambientais, representa uma vitória para o movimento Baía Viva, que há anos luta contra a obra, alertando para os riscos de degradação de Jaconé, em Maricá.

O projeto, orçado em R$ 1,5 bilhão e apresentado como um empreendimento de “porte internacional”, enfrentou resistência desde o início. Ambientalistas e pescadores argumentavam que o porto ameaçaria ecossistemas sensíveis, como manguezais e áreas de reprodução de espécies marinhas.

O relatório do INEA apontou “inviabilidade ambiental”, citando impactos irreversíveis na biodiversidade e na pesca artesanal. Apesar da pressão política, os técnicos mantiveram a posição contrária, reforçando a necessidade de preservação da região.

O Baía Viva comemorou a decisão, mas permanece atento, já que o governo estadual ainda pode recorrer. O caso reforça o embate entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade, com Maricá no centro do debate. Resta agora saber se a PL2159 vai dar suporte ao empreendimento, caso não seja vetada pelo presidente Lula. Enquanto isso, o governo Cláudio Castro não se pronunciou sobre os próximos passos, deixando em aberto o futuro do polêmico projeto.

Veja a campanha nova do BV contra a PL2159