Por Comunicação do Movimento Baía Viva

 

No dia 1 de janeiro, a Prefeitura do Rio de Janeiro informou que desistiu de construir um autódromo na Floresta do Camboatá, na Zona Oeste da cidade do Rio. Segundo a nota divulgada, a atual gestão pediu ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA) o arquivamento do processo de licenciamento ambiental do autódromo. De acordo com a Prefeitura, a Floresta do Camboatá é um patrimônio ambiental da cidade do Rio e funciona como conexão entre os maciços da Pedra Branca e do Mendanha.

O atual secretario da SMMA – Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere,  solicitou a reabertura do processo, iniciado em 2013, para criar uma unidade de conservação na área. Este ato da atual administração municipal não pode em qualquer hipótese ser vista como uma benesse mas deve ser reconhecida como uma grande conquista da cidadania, fruto de muita Luta promovida durante os dez anos pelo Movimento SOS Floresta do Camboatá em que o Baía Viva e outros coletivos foram parceiros ao longo de toda esta longa caminhada.

Para os integrantes do Movimento Baía Viva,  a mobilização deve continuar para alcançar a criação de uma Unidade de Conservação da Natureza na área da Floresta do Camboatá e assim, compatibilizar os diversos usos; tanto na sua conservação ambiental e proteção da biodiversidade, como os usos comunitários de lazer e recreação, ecoturismo, educação ambiental e o desenvolvimento de projetos de geração de renda para as comunidades do entorno, garantindo assim o Direito à cidade.

Sobre a Floresta do Camboatá
A Floresta do Camboatá fica estrategicamente localizado entre as Zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro, que são regiões bastante quentes e que apresentam um elevado déficit de áreas verdes e espaços públicos. A área possui cerca de 200 mil árvores de 146 espécies, das quais 14 são consideradas ameaçadas, em um terreno de Mata Atlântica de baixada, onde foram encontradas ali 150 espécies de aves e 19 de mamíferos. Desde 2011, o local era o motivo da campanha #SOSFlorestadoCamboata, do qual o Movimento Baía Viva é participante ativo.