Em janeiro de 2025, foi iniciado o projeto “Brigada Indígena por Maricá” através de uma iniciativa do Movimento Baía Viva e da Comissão de Lideranças da Aldeia Mata Verde Bonita e que conta com o apoio institucional do Fundo Casa Socioambiental e de uma rede de instituições parceiras.
Nos dias 14 a 18 de abril de 2025 será realizado o treinamento (capacitação) dos 50 brigadistas inscritos no curso, que será ministrado por monitores vindos de Brasília (DF) vinculados ao Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Programa Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), órgão técnico do Ministério do Meio Ambiente e do Clima (MMA).
O município de Maricá (RJ) que é atualmente o recordista nacional na partilha dos royalties do petróleo e participações especiais da exploração dos campos do Pré-sal (ANP, 2024) tem duas aldeias da etnia Guarani Mbyá denominadas Mata Verde Bonita, no bairro de São José de Imbassaí, e Yakã Mirim localizada no bairro do Espraiado na área da Fazenda Pública Joaquim Pinero, cujas Terras Indígenas até o momento não foram demarcadas e homologadas pelo poder público.
Segundo dados do Corpo de Bombeiros do estado do RJ, entre o final de 2024 o primeiro trimestre de 2025, o município de Maricá foi um dos recordistas no número de focos de incêndios florestais que atingiram a biodiversa Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual de Maricá que tem 969 hectares de matas e restinga, as 7 Unidades de Conservação Ambiental do município e as áreas rurais e de produção agrícola.
MATA ATLÂNTICA FLUMINENSE EM PERIGO
Das 40 Unidades de Conservação Ambiental administradas pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA), órgão técnico da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS), nenhuma delas dispõe de Brigada de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, o que coloca o bioma Mata Atlântica em grande risco de destruição pelo fogo num cenário preocupante que tende a se agravar nos próximos anos em função do incremento das mudanças climáticas.
Mais informações: (21) 99907-5946 (WhatsApp)
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