Por Comunicação Movimento Baía Viva

Integrantes do Movimento Baía Viva participaram da vistoria técnica realizada no 29 de Novembro na Estação de barcas do Cocotá, na Ilha do Governador, com a presença de técnicos da Secretaria Estadual de Transportes (SETRANS), da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), moradores/as e dos movimentos sociais Baía Viva, Fórum de Mobilidade Urbana e da Associação de Ciclistas da Ilha do Governador (ACIG). A vistoria conjunta foi solicitada pelo Baía Viva em reunião presencial realizada em 10 de maio de 2021 com a Secretaria Municipal de Transportes, Maina Celidônio, ocorrida na sede da SMTR, onde se tratou dos problemas gerados pelo fim da política de integração dos transportes entre as barcas e as linhas de ônibus internas do bairro.

Na reivindicações a Integração Intermodal entre as barcas, ônibus e bicicletas; melhorias no Aterro do Cocotá (Parque Poeta Manuel Bandeira) como iluminação pública para tornar o local mais seguro. Há muitas reclamações em especial das mulheres quanto à insegurança do local durante a noite. Para o Baía Viva é fundamental que a nova licitação das barcas priorize a implantação da Estação de barcas na Ilha do Fundão que, em alguns horários da semana e fins de semana e feriados, também poderá atender a população das ilhas do Governador e de Paquetá. Os ecologistas também chamaram a atenção para a inclusão das bicicletas nesta integração intermodal.

A SMTR prometeu que em 15 dias apresentará uma planta com as mudanças necessárias. Quanto às melhorias no Aterro do Cocotá como iluminação pública e a gestão do abandonado aterro do Cocotá, será organizada uma 2a reunião em cerca de 15 dias com Rio Luz, CET-Rio e Fundação Parques e Jardins. A SETRANS informou que o BNDES desistiu da modelagem da nova licitação e a própria SETRANS está executando a nova licitação das Barcas. A novidade é que na versão atual foram incluídas as propostas defendidas pelo Baía Viva e o Fórum de Mobilidade Urbana de novas linhas aquaviárias, como a que ligará a Praça XV-Ilha do Fundão e São Gonçalo.

Reféns da CCR BARCAS

“Apesar de estar em vigor uma decisão judicial desde 2014 do TJERJ, a CCR Barcas exige uma absurda indenização de R$ 1 bilhão para sair do negócio. Isso gerou um impasse gerado que tem mantido os insulanos refém dos acordos ilegais e escusos firmados ao longo das últimas décadas por autoridades públicas com a chamada “máfia dos ônibus”, afirma Sérgio Ricardo morador da Ilha do Governador e cofundador do Baía Viva.

É urgente a modelagem do novo edital de licitação das barcas para atender a demanda das populações que vivem nas baías de Guanabara e da Ilha Grande. O Movimento Baía Viva também propõe que as novas barcas sejam construídas nos estaleiros navais do Estado do Rio de Janeiro para gerar empregos e melhorar a mobilidade urbana, uma vez que os engarrafamentos diários no trânsito provocam um prejuízo econômico anual estimado em R$ 29 bilhões por ano. “O Rio de Janeiro vive uma (i)mobilidade urbana que afeta a saúde das pessoas, polui o ar e prejudica a economia dos bairros e regiões das cidades da Região Metropolitana. Uma alternativa viável e menos poluente é a ampliação do transporte aquaviário. O Plano Hidroviário da Baía de Guanabara por exemplo é de 1984 (37 anos atrás!) e já naquela época buscava enfrentar os problemas de congestionamentos no trânsito e ainda não não saiu do papel!”, explica o ambientalista Sérgio Ricardo, co-fundador do Movimento Baía Viva.

Campanha “Queremos Barcas na Ilha do Fundão”
Em 2020, o Movimento Baía Viva com diversas instituições se reuniram e lançamos a campanha “Barcas na Ilha do Fundão” exigindo uma interligação entre a Praça XV e a Cidade Universitária da UFRJ e o Aeroporto Internacional do Galeão. Cerca de 60 mil pessoas utilizavam a Ilha do Fundão diariamente antes da pandemia e muitos passageiros vindos do Centro e da Zona Sul não conseguem chegar a tempo no Aeroporto do Galeão por causa dos engarrafamentos cotidianos no trânsito.

Esta linha aquaviária estratégica ligando a Praça XV à Ilha do Fundão também tem condições de atender, em alguns horários e nos fins de semana e feriados, aos moradores das ilhas do Governador e de Paquetá, aumentando as opções de transporte.

Mais informações sobre a Campanha “Queremos Bacas no Fundão”, clique aqui

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