A COP16 – Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, realizada em Cali, na Colômbia, terminou sem alcançar um consenso sobre o financiamento para a conservação de espécies. Era esperado do evento uma aprovação de novos fundos de investimento, para atender às consequências previstas para mudanças climáticas, a atual urgência do planeta, que será um dos temas de debate no G20, dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

O G20, ou Grupo dos 20, é um fórum de cooperação econômica internacional que reúne as principais economias do mundo para debater temas relacionados à economia global e ao desenvolvimento socioeconômico, temas afetados diretamente pela crise climática. Os países membros do G20 representam 85% do PIB mundial, mais de 75% do comércio e cerca de dois terços da população do planeta.

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” O governo colombiano empenhou grandes esforços, mobilizou toda sua capacidade, o povo da Colômbia investiu tudo, havia um ambiente muito bom, mas no final tudo depende das partes e do processo de negociação, que não avançou”, disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sobre o COP 16.

A reunião tinha entre seus objetivos potencializar os esforços que interrompam  a devastação ambiental causada pela ação humana. A discussão central debateu como alcançar até 2030 o objetivo de aumentar os gastos para 10 bilhões de dólares anuais (58 bilhões de reais) entre 2030 e 2050, segundo um estudo do grupo de estudo Climate Policy Initiative. Foram gastas aproximadamente 1,3 bilhão em 2021/2022.

G20 em Nova Dheli também não foi exatamente o que pretendia ser

O G20 na Índia, em setembro de 2023 foi marcado pela ausência dos líderes da Rússia e China, grandes economias sem sinais de transição energética em suas prioridades, mas com grande peso político nas decisões do grupo. Foram  apresentadas seis prioridades da agenda para o diálogo do G20 em 2023: Desenvolvimento Verde, Financiamento Climático e Vida, Crescimento acelerado, inclusivo e resiliente, Acelerando o progresso nos ODS, Transformação Tecnológica e Infraestrutura Pública Digital, Instituições multilaterais para o século 21 e Desenvolvimento liderado por mulheres.

Ao pedir ações concretas para lidar com as consequências alarmantes da mudança climática, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, declarou em julho de 2023: “A era do aquecimento global terminou; A era da ebulição global chegou… O nível de lucros dos combustíveis fósseis e a inação climática são inaceitáveis… Os líderes devem liderar.” Mas aparentemente não foi ouvido nem na Índia nem na Colômbia.

Em 9 de setembro de 2023, o Grupo dos 20 aprovou a Declaração de Líderes durante a 18ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo, na qual a cultura foi o centro do compromisso de política mais forte dos membros do G20. E também a adesão da União Africana como membro permanente. E o lançamento da Aliança Global de Biocombustíveis, que visa promover o desenvolvimento e a adoção de biocombustíveis sustentáveis, foi a mais perto que se chegou de uma decisão favorável ao meio ambiente.