Vídeos feitos por pescadores de Duque de Caxias chegaram ao movimento Baía Viva com denúncias de grandes manchas de óleo diesel no rio Sarapuí, de forma que a maré vazante vai levar o material contaminante direto para a Baía de Guanabara, em sua parte mais atacada. Apesar das visitas com pescadores artesanais feita pelas autoridades do setor, o vazamento não foi identificado nem a contenção de barreiras foi montada. ( Veja o vídeo abaixo )
O INEA – Instituto Estadual do Ambiente – foi comunicado e começou o atendimento no dia 14 de junho, conforme a ata divulgada abaixo. Mas as medidas iniciais não surtiram efeito e ainda não foi localizado o local exato e a empresa que causou o derramamento de óleo.
O rio Sarapuí, localizado na Baixada Fluminense, forma com o rio Iguaçu, a bacia hidrográfica do Iguaçu/Sarapuí e recebe despejo de chorume, lixo doméstico e muitos resíduos industriais. ” Além do impacto na pesca, este óleo irá comprometer a qualidade das águas da Baía de Guanabara pois deságua no rio Iguaçu, que por sua vez desemboca na Baía de Guanabara” cita a nota do Baía Viva no seu instagram.
O rio Sarapuí atravessa diversos municípios, incluindo Rio de Janeiro, Nilópolis, Mesquita, São João de Meriti, Belford Roxo e Duque de Caxias.
NOTA DO INEA
ATENDIMENTO A LANÇAMENTO DE ÓLEO NO RIO SARAPUÍ
(Continuação das ações iniciadas em 13/06/2025 e seguimento ao atendimento de 14/06/2025)
No dia 15 de junho de 2025, domingo, a equipe responsável deu continuidade aos trabalhos de monitoramento e contenção do vazamento de óleo no Rio Sarapuí. A saída ocorreu às 8h, com chegada ao local às 9h20.
Observações Iniciais (9h30 – 10h15)
Ao chegar, a maré estava vazante, o que influenciou o comportamento dos resíduos. No Ponto 0 não foram detectados novos lançamentos de óleo às 9h35.
No Ponto 1, a barreira de contenção estava parcialmente saturada, retendo parte do óleo: os resíduos acumulados no dia anterior,que ficaram retidos na parte anterior da barreira, devido ao retorno da maré para o canal,haviam migrado para a faixa entre os Pontos 0 e 1 e os que ficaram retidos na parte posterior da barreira estavam passando por baixo da barreira, que estava inadequadamente fixada devido aos sedimentos (lama) acumulados no canal.
No Ponto 2, outra barreira também apresentava saturação parcial, mas o óleo ultrapassava sua lateral, fluindo em direção ao Ponto 1. Adicionalmente, na área próxima à ponte, os resíduos persistiam, sem novos pontos de contaminação identificados canal acima.
Evolução do Vazamento (10h20 – 11h10)
Por volta das 10h20, notou-se o início da migração do óleo para o Rio Sarapuí, com aumento significativo do fluxo às 10h55, provavelmente impulsionado pela maré vazante e pelas falhas nas barreiras ocasionadas pelo excesso de sedimentos lamosos depositados no canal.
Diante do agravamento, a Secretaria de Meio Ambiente de Duque de Caxias foi acionada através da Sra. Adriana, que informou a indisponibilidade de recursos adicionais para ação imediata naquele dia.
Diante do cenário, constatou-se a urgência de:
1. Reforçar ou reposicionar as barreiras, especialmente no Ponto 1, onde a lama impede vedação adequada.
2. Remoção dos sedimentos lamosos com resíduo impregnado, dos resíduos sobrenadantes e da vegetação contaminada.
3. Colocação de barreiras de contenção para evitar material fugitivo para o Rio Sarapuí.
3. Solicitar apoio emergencial da prefeitura, com mobilização de equipamentos e pessoal.
Conclusão :
Como não houve estrutura para a remoção dos sedimentos (lama) e da vegetação contaminada e nem caminhão Vac all para a retirada dos resíduos sobrenadantes, a estratégia de remediação ficou ineficiente perante as necessidades do evento.
A equipe encerrou os trabalhos às 11h15, marcando nova vistoria para 16/06.
VÍDEO DE GILSINEY LOPES
FOTOS DE GILSINEY LOPES
FOTOS DO INEA
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