A participação do movimento Baía Viva no Sub Comitê Oeste da Baía de Guanabara teve como representantes o coordenador do movimento, Sérgio Ricardo Potiguara, ecologista, mestre em Ciências Ambientais e doutorando em Antropologia, e Cláudio Brígido, pescador artesanal, desenhista e graduando em Artes Visuais. O encontro foi no Sindicato dos Engenheiros, na Avenida Rio Branco, no dia 6 de novembro.

O Baía Viva apresentou três propostas como prioritárias para o atual mandato do Sub Comitê. A criação do GT Chorume Não Tratado, a apresentação do Plano de Descomissionamento (retirada) de 80 carcaças (lixo náutico) do cemitério de embarcações afundadas e abandonadas no Canal de São Lourenço e Ilha da Conceição, Niterói e a criação de Grupo de Trabalho para criação da Reserva Extrativista Marinha da Baía de Guanabara (Resexmar Baía de Guanabara) abrangendo todos os mangueiras, rios e territórios pesqueiros da Baía.

Tudo encaminhado para um 2025 de muito trabalho nas comunidades pesqueiras.

” O que foi mais  discutido foi como serão geridos os recursos para as diversas áreas. Foram resolvidas as agendas de 2025, com todas as reuniões marcadas, as que vão ser presenciais, on-line quando houver urgência. E basicamente o que foi mais questionado por nós e outros pesquisadores foi sobre os laudos e pesquisas sobre qualidade de água que vem surgindo, de que maneira eles são feitos, quando foram feitos e porque não tem pescadores acompanhando esse processo.  Ficou proposto que em 2025 pode haver um curso de capacitação para pescadores artesanais e dirigentes de comunidades, onde eles vão aprender como é feita essa coleta de água para pesquisa ” contou o mestre Brígido.

Os integrantes do Baia Viva propuseram ainda  implementação real de políticas de educação ambiental nas comunidades, com a necessidade de implementar  grupos técnicos e de estudo para começar a escrever o que será preciso.  ” E também o levantamento dos pontos de acoragem, as áreas e fundeio de grandes embarcações, porque na carta náutica existe demarcação mas elas não são respeitadas, em geral são 3 ou 4 rebocadores num ponto só, isso é ruim para a pesca artesanal, fica inviável lançar rede perto do rebocador. Essas pautas do BV foram bem recebidas e com promessa de serem atendidas em 2025 ” concluiu.