Artigo de Sérgio Ricardo, ambientalista e membro fundador do Movimento Baía Viva
A área de 150 mil metros da antiga fábrica de Cartuchos de Realengo é tombada desde 1993 por seu valor arquitetônico e cultural e tem parecer técnico de 2007 da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC) recomendando a criação de uma Unidade de Conservação da Natureza por sua relevância ecológica e para manter as condições climáticas da Zona Oeste carioca.
Em sucessivos governos, a prefeitura tem se omitido em relação à construção de espigões (prédios de 12 andares) nesta área onde a comunidade e os movimentos sociais há 20 anos lutam pela implantação de um Parque Ecológico com ciclovia, equipamentos esportivos e culturais, educação ambiental, viveiro de mudas e ecoturismo.
Na reunião realizada hoje, 01/08, no Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) de Realengo que contou com a presença do secretário municipal de Meio Ambiente e do presidente da Fundação Parques e Jardins, os moradores foram unânimes em condenar a tentativa de entregar para os interesses da especulação imobiliária esta que é a última área verde do bairro e defenderam coletivamente a implantação imediata do Parque de Realengo Verde. Após a reunião, confraternizamos este reencontro histórico que fez avançar esta antiga luta pelo Direito à Cidade.
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