A aldeia Pataxó Hã Hã Hãe, em Paraty (RJ), foi alvo de um ataque a tiros na última semana. Dois homens efetuaram mais de 23 disparos contra a comunidade, em ação denunciada pela APIB e Arpinsudeste como tentativa de homicídio coletivo. O cacique Leonardo vinculou o ataque à falta de demarcação da terra, que deixa a comunidade vulnerável.
O coordenador da APIB, Fabiano Awá Mitã, anunciou medidas jurídicas para exigir proteção urgente das autoridades. O episódio não é isolado e reflete uma escalada nacional de violência.
BAÍA VIVA PROMOVEU SAÚDE NA ALDEIA DE PARATY COM A FIOCRUZ
Recentemente, no Mato Grosso do Sul, o povo Guarani Kaiowá da TI Guyraroká sofreu ataque com armas de fogo e coquetéis molotov. No Maranhão, os Awá-Guajá, na TI Arariboia, seguem ameaçados por madeireiros ilegais. Em Roraima, a Terra Indígena Yanomami ainda registra invasões e ataques de garimpeiros remanescentes.
Especialistas apontam que a lentidão crônica nos processos de demarcação de terras e o enfraquecimento dos órgãos de fiscalização criam um ambiente propício para conflitos fundiários. A violência é perpetrada por grileiros, madeireiros e garimpeiros que invadem territórios tradicionais.
As lideranças indígenas pressionam o governo federal por uma atuação mais efetiva, afirmando que a demarcação é a única medida definitiva para garantir a segurança física e cultural dos povos originários. A situação exige resposta imediata para evitar novas tragédias.
veja o vídeo com a armas
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