É aniversário da APA Federal de Guapi-Mirim do qual o Movimento Baía Viva é membro do conselho consultivo juntamente com representantes de comunidades pesqueiras, movimentos socioambientais, órgãos públicos e universidades.
A APA Guapi-Mirim abrange uma área de 80 Km2 de manguezal, e representa a maior extensão de mangues do estado do RJ.
Esta importante Unidade de Conservação da Natureza, gerida pelo ICMBio (Ministério do Meio Ambiente e do Clima), foi criada por proposição em 1984 do saudoso geógrafo e professor da UFRJ, Elmo Amador, e esta data na Primavera coincide com a fundação do Coletivo S.O.S Baía de Guanabara que nos anos 1990 foi renomeado como Movimento Baía Viva – União dos Povos da Baía de Guanabara. A criação da APA e a origem do Baía Viva ocorreram durante a ditadura militar como resultado de um pioneiro movimento socioambiental que à época uniu ecologistas e a comunidade científica. Já naquela época, os militantes ecologistas e pesquisadores apontavam para a importância da preservação e conservação da biodiversidade do Recôncavo da Baía de Guanabara e para a presença das comunidades pesqueiras tradicionais cujos direitos territoriais precisavam ser reconhecidos pelo poder público.
Em 2006, foi criada a Estação Ecológica da Guanabara (ESEC) com cerca de 2 mil hectares, que abrange a área mais preservada de toda a Baía de Guanabara que abriga espécies ameaçadas de extinção, como a biguatinga, a marreca-caneleira, o jacaré-de-papo-amarelo crustáceos e várias espécies de pescado.
A Baía de Guanabara está Viva, mas sua rica biodiversidade marinha e avifauna, a saúde dos pescadores artesanais e a saúde ambiental dos seus ecossistemas, rios e manguezais, encontram-se ameaçados por um modelo de desenvolvimento altamente poluente e predatório e socialmente injusto.

Dia 25 de setembro. Abraços a toda gente do Baía Viva. Seguimos na luta por Justiça Socioambiental.