O Canal de São Lourenço e o entorno da Ilha da Conceição são os locais em Niterói onde está a maior concentração do cemitério de embarcações. O assunto vem sendo noticiado incessantemente desde que o cargueiro-fantasma, o São Luís, foi vendido para a Turquia. Mas depois que o noticiário esfria, pouco se faz.
Foi o que aconteceu quando há dois anos o São Luís bateu na ponte Rio-Niterói e toda a mídia se lembrou das dezenas de barcos abandonados pela Baía, tema de constantes reclamações feitas pelo movimento Baía Viva, há pelo menos 30 anos.
Reunião lotada de pessoas mobilizadas para valer seus direitos
Para atualizar a situação junto às comunidades pesqueiras da região e também para encaminhamento de documentos para Inea, e Emusa, foi realizada a reunião com voluntários do Baía Viva.
Um dos temas tratados foi a mobilização comunitária para acompanhamento do processo de descomissionamento (retirada ou remoção) de cerca de 60 embarcações afundadas e abandonadas há 30 anos no canal de Saia Lourenço e da Ilha da Conceição, Niterói.
” Isso que vem provocando impactos socioambientais e econômicos às comunidades pesqueiras e indústria naval, riscos de contaminação da vida marinha e riscos de acidentes. A Ação judicial movida pelo Ministério Público Federal por solicitação do Movimento Baía Viva propôs a criação de um comitê científico de assessoramento da Justiça Federal no cumprimento do cronograma de retirada das embarcações abandonadas que se transformaram num passivo ambiental (lixo náutico) nas últimas décadas” diz a nota.
” Está previsto projeto de dragagem do Canal de São Lourenço executado pela prefeitura de Niterói com recursos do governo federal e a reativação do Terminal Pesqueiro Público de Niterói (TPP) que foi inaugurado em 2011 mas que nunca funcionou porque à época não realizaram a retiradas das dezenas de carcaças de embarcações que formam o cemitério de navios da Baía de Guanabara”, finaliza.
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