Muitas embalagens plásticas, misturadas com lixo marinho foram bater na praia José Bonifácio, na turística Ilha de Paquetá (RJ). É uma quantidade incomum, resultado das chuvas e da maré baixa. Este ano e no ano passado, em duas ocasiões de poucas chuvas, a praia foi liberada para banho, pelos órgãos oficiais.
“A qualidade da água na Ilha de Paquetá tem melhorado, mas ainda é instável. A mistura da água limpa do mar aberto com a água poluída da Baía de Guanabara e da Baixada Fluminense torna a ilha vulnerável às mudanças das marés” delcarou em nota o INEA, em outubro de 2023.
Um grande desafio pela frente,uma grande história por trás.
A Baía de Guanabara recebe diariamente cerca de 98 toneladas de lixo por dia, segundo dados da ABRELPE, associação de empresas do setor de limpeza pública. As espécies marinhas como os botos cinza e tartarugas verdes, espécies ameaçadas de extinção, e avifauna (como as garças brancas) infelizmente vem se “alimentando” com sacos plásticos. ” Precisamos avançar na Logística Reversa prevista na Lei Federal no. 12.305/2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, para que a indústria de plástico e os grandes fabricantes de embalagens arquem com os custos da coleta seletiva nos municípios brasileiros”, declarou Sérgio Ricardo, coordenador do Baía Viva.
Após 24 anos da sua vigência, a Lei Federal no. 12.305/2010 que instituiu a Logística Reversa como um dos principais instrumentos financeiros para viabilizar a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) ainda hoje tem sido flagrantemente desrespeitada, descumprida pelas grandes empresas geradoras, fabricantes de produtos embaláveis, distribuidores e comerciantes de embalagens plásticas.
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