Localizado em Jaconé, ameaçado pelo Porto planejado para o local,  o Geoparque Costões e Lagunas abrange uma área de mais de 2.800 km², reunindo paisagens únicas como costões rochosos, lagunas, dunas e manguezais. Reconhecido pela UNESCO em 2022 como parte da Rede Global de Geoparques, o projeto integra conservação, turismo sustentável e desenvolvimento local.

A construção do porto modifica as correntes marinhas e o transporte de sedimentos, podendo acelerar a erosão na região onde os beachrocks estão expostos. A barragem física criada pelo quebra-mar pode interromper o fluxo natural de areia, levando ao soterramento ou à destruição dessas formações. Operações de dragagem para manutenção do canal de navegação podem levantar sedimentos que cobrem os beachrocks, expondo-os a um desgaste acelerado. E o assoreamento pode também enterrá-los definitivamente, impedindo estudos científicos e a observação desses registros geológicos.

Pedras abrigam vida

Dados do geoparque destacam 15 geossítios principais, incluindo formações rochosas com mais de 500 milhões de anos, como os costões de quartzito, e ecossistemas costeiros que abrigam mais de 200 espécies de aves. As lagunas, por exemplo, são vitais para a reprodução de peixes e crustáceos, sustentando a pesca artesanal na região.

Além da riqueza natural, o geoparque preserva sítios arqueológicos com registros de ocupação humana de até 4.000 anos. A iniciativa também impulsiona a economia local, com projetos de geoturismo que atraíram mais de 50.000 visitantes em 2023.

Com investimentos em educação ambiental e pesquisa científica, o Geoparque Costões e Lagunas consolida-se como um modelo de desenvolvimento sustentável, unindo natureza, história e comunidade.

 

 

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