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O  Movimento Baía Viva, através de requerimento, está recorrendo mais uma vez ao MP-RJ e ao Ministério Público Federal (MPF-RJ) para conseguir a proibição do transporte de 250 carretas do tipo bitrem contendo cada uma cerca de 50 a 70 mil litros de combustível e outros produtos perigosos pela Estrada do Galeão. ” É a única via de acesso do bairro e na entrada da cidade universitária da UFRJ, por onde transitam milhares de pessoas e veículos diariamente. A fiscalização do grande risco de uma explosão e incêndio nestas vias urbanas pode acarretar impactos, danos e prejuízos socioeconômicos e ambientais e financeiros  (no comércio da Ilha, escolas, clínicas etc)  incalculáveis.  A Ilha do Governador já há algumas décadas é um paiol de pólvora. E apesar de todas as autoridades públicas federais, estaduais e do município terem conhecimento disso, nota-se que a omissão, negligência, prevaricação é generalizada. O MP-RJ e MPF-RJ precisam agir antes que ocorra uma tragédia maior com perdas humanas” argumenta o texto para a petição.

 

Desde 2019 o Baía Viva alerta autoridades e opinião pública sobre incêndio

Em 28 de fevereiro de 2019, através de um relatório técnico protocolado com pedido de providências por parte do Ministério Público Estadual-RJ, o Movimento Baía Viva alertou para a insegurança nas instalações das 2 mega fábricas poluidoras de óleo e lubrificantes da multinacional Cosan Moove, instaladas no bairro residencial da Ribeira, na Ilha do Governador (RJ).

” O zoneamento urbano municipal de 1976 proíbe terminantemente a presença de indústrias com alto grau de riscos de desastres ou acidentes ambientais e tecnológicos e elevado potencial poluidor instaladas ao lado de moradias, como ocorre na Ribeira. Com a reabertura do processo investigatório pelo Ministério Público Estadual, equivocadamente arquivado pelo MP-RJ a partir de informações falsas e inverídicas fornecidas pela empresa, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA-RJ) e a Prefeitura do Rio de Janeiro, após a tragédia anunciada ocorrida em 08/02/2025, o Baía Viva retomou a proposta pela imediata realocação ou transferência das instalações da COSAN para um polo industrial já que representa um elevado risco de incêndios ou explosões ” , conclui o documento.