O artista plástico e compositor Guilherme Baptista, integrante histórico do movimento socioambiental Baía Viva, acaba de lançar uma composição própria em homenagem à causa. A música, intitulada “Viva Baía Viva”, foi produzida pelo jornalista e músico amador Alex Gomes – também voluntário do movimento desde 2022 – no estúdio da CHR Content, empresa do produtor cultural Ricardo Chrispim, na Ilha do Governador. O lançamento integra o “PROJETO TEMA”, iniciativa que busca atrair artistas e compositores para ampliar a divulgação das pautas ambientais por meio da arte, alcançando públicos além do círculo tradicional de ativismo.
A canção já está disponível para ouvir na página de audios, onde também podem ser encontradas outras contribuições de educomunicação através da música, como o coral Tenonderã, apoiado pelo Baía Viva. O projeto visa transformar a linguagem técnica e política da defesa ambiental em manifestações culturais acessíveis, usando a música como ponte para a sensibilização. A música do Guil Baptista está disponível gratuitamente para regravações autorizadas e uso livre em eventos e mixagens. Para autorizar e baixar a versão WAV, faça contato com Alex Gomes em alexmusicobrasil@gmail.com.
Uma canção-manifesto com bom humor
Com letra e autoria de Guilherme Baptista, “Viva Baía Viva” funciona como um manifesto musical. A composição critica a lentidão e as falhas nas políticas de despoluição da Baía de Guanabara, enquanto exalta a resistência e a esperança dos que lutam por sua revitalização. Nos versos, Baptista escreve: “E já faz esse tempo todo / Com a promessa de despoluir / O sistema apresenta um defeito / Que não deixa a solução emergir”. A canção contou ainda com a força e o talento da cantora Mila Walker, mineira radicada há 9 anos do Rio, que teve participações importantes em projetos musicais do Lolapaloooza e Rock in Rio.
A música também faz referência direta a ativistas e figuras importantes do movimento, como Sebastião e Moisés, demonstrando seu caráter de raiz comunitária e reconhecimento coletivo. A letra ressalta ainda o impacto da poluição na pesca local, unindo a questão ambiental à sobrevivência cultural e econômica das comunidades do entorno.
Uma rede de talentos em prol da baía e dos povos originários
A produção do projeto envolveu uma equipe multidisciplinar de artistas e colaboradores, muitos com trajetória no cenário musical carioca. Conforme a ficha técnica, além de Guilherme Baptista (voz e composição) e Alex Gomes (coordenação, violão e segundas vozes), participaram: Ana Luiza Moreira (backing vocal), Theo Chrispim (baixo), Ricardo Chrispim (co-produtor), Maria Cristina Chrispim (voz de apoio), Renato Chrispim (auxiliar de produção), Waldete Carvalho (voz de apoio) e Alisson Souza (co-produtor, técnico de mixagem, masterização)
A base instrumental e a expertise técnica partiram em grande medida dos integrantes do grupo NósDJazz – coletivo musical com mais de cinco anos de estrada, originário da Ilha do Governador, que já foi habilitado em editais como o FUNARTE Ações Continuadas 2023 e o Pró-Carioca 2023. O grupo, que mistura samba, baião, jazz e influências cubanas, tem como um de seus pilares o guitarrista e produtor Alisson Souza, responsável pela parte técnica da gravação. Todos foram incluídos no rol de voluntários do Baía Viva, depois da experiência.
Arte como instrumento de conscientização
O lançamento de “Viva Baía Viva” reforça a estratégia do Baía Viva de utilizar a cultura como ferramenta de engajamento. Ao convidar artistas a compor e gravar sobre a causa, o movimento busca criar um repertório afetivo e memorável que traduza a urgência da despoluição da baía. A música, nesse contexto, não é apenas entretenimento, mas um documento de luta, um registro emocional de uma demanda histórica da população fluminense.
Com a divulgação na internet e o apoio de redes de artistas locais, o PROJETO TEMA espera inspirar novas adesões e mostrar que a defesa do meio ambiente também se faz com criatividade, ritmo e voz.
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