Iniciada a ação de vigilância popular sobre a saúde das populações tradicionais na sub-bacia do Canal do Cunha, porção oeste da Baía de Guanabara, que abrange a Zona Norte carioca, tendo como público prioritário as comunidades pesqueiras tradicionais, favelas e indígenas em contexto urbano.

A proposta foi selecionada no âmbito da Chamada Pública de Apoio a Ações de Saúde Integral Chamada Pública – Ações de Saúde Integral (2024), coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e tem por objetivo contribuir para os esforços de 146 organizações comunitárias de diversos municípios fluminenses.

Voluntários no movimento Baía Viva estão atuando na formulação e implementação do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, iniciado em 2020 durante a pandemia do COVID-19 por iniciativa de um conjunto de movimentos sociais e comunidades em articulação com uma rede científica-social, composta por universidades, instituições de pesquisa e associações científicas (Fiocruz/UFRJ/UERJ/PUCRJ/ABRASCO e SBPC) e apoio da ALERJ.

Oportunidade para voluntários do Baía Viva em campo

Ajudar pessoas, entender a realidade da Baía de Guanabara e estar nos locais com as melhores vistas do Rio de Janeiro são atrativos para quem se inscreveu no voluntariado do movimento Baía Viva. Estão previstas visitas aos territórios pesqueiros, rodas de conversa com os pescadores e pescadoras artesanais, oficinas de Educação Ambiental de Base Comunitária e a realização de uma Barqueata em defesa da Saúde Ambiental da Baía de Guanabara no dia 21 de setembro, na abertura da Primavera, na Ilha do Fundão (RJ).

A pesquisa de opinião (enquete) sobre a percepção da relação entre a Saúde humana e coletiva, Saúde Ambiental e a Justiça Climática foi iniciada no dia 14 de agosto,  junto aos territórios pesqueiros onde atuam a Associação de Pescadores da Prainha (APAP), na Ilha do Fundão, e a Associação de Pescadores e Pescadoras da Vila do Pinheiro e Maré (APEMAR). A região apresenta indicadores de multivulnerabilidades socioambiental, socioeconômica, habitacional e sanitária e a pesca artesanal resiste diante de um modelo urbano-industrial predatório e poluente e socialmente excludente.