Maricá faz história com nova aldeia

O reassentamento da aldeia indígena Céu Azul (Tekoa Ara Hovy), da etnia Guarani, no bairro Espraiado, em Maricá, foi inaugurado nesta sexta, dia 20 de dezembro, uma data histórica. O local se tornou a primeira reserva indígena municipal do País. A aldeia tem 13 ocas e foi construída por funcionários da Somar em parceria com os indígenas, que aplicaram técnicas próprias e culturais.

A nova aldeia contará ainda com cozinha comunitária, banheiros externos, centro cultural indígena, restaurante com comidas típicas, posto de saúde e escola, além de uma área destinada às atividades esportivas indígenas. Toda a construção foi feita com madeira, telhado composto por telha e sapê, além de paredes de pau a pique.

Indígenas comemoram dia histórico em Maricá

Maricá é uma palavra tupi-guarani. Significa planta de espinho. A região era forrada de vegetação rasteira nas proximidades da praia e da lagoa, onde viviam a maioria dos tamoios de antes da colonização. Após 11 anos de luta, a comunidade Guarani Mbyá da Aldeia Céu Azul, que vive em Itaipuaçu, conquistou a nova área onde está o reassentamento na Fazenda Pública Joaquim Pinero, no bairro Espraiado de Maricá (RJ).

O evento também celebrou o aniversário de 78 anos do Cacique Félix, no Espraiado junto com sua família. ” Desejamos muita saúde e felicidades ao Cacique na nova terra e agradecemos à prefeitura de Maricá em especial à equipe da Secretaria Municipal de Participação Social e Direitos Humanos que coordenou este processo exitoso de reassentamento, à FUNAI e ao CEDIND-RJ (Conselho Estadual dos Indígenas) e todas as demais pessoas e instituições que participaram desta conquista histórica ” declarou o diretor do Movimento Baía Viva, presente na inauguração. Na mesma viagem, o Baía Viva ainda levou mais doações para a outra aldeia, Mata Verde Bonita, onde a população aumentou em 45 parentes, vindos da Argentina. Você também pode ajudar, veja a campanha abaixo.