Desde o dia 26 de abril, até o 03 de maio de 2025, pescadores filmaram grande mancha de óleo na Ponta do Cajú, bairro do município do Rio de Janeiro (RJ), próximo ao cais da empresa Superpesa, que se encontra fechado por ordem judicial à pedido do INEA.

O Movimento Baía Viva solicitou uma vistoria urgente da Capitania dos Portos (Marinha do Brasil), Instituto Estadual do Ambiente (INEA), IBAMA e da Companhia Docas do RJ (PortosRio) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio de Janeiro para que identifiquem a origem e causa de mais este vazamento de óleo no mar, aplicar multas pesadas e dar cumprimento às sanções administrativas e penais previstas na Lei Federal no. 9605/1997 que trata dos Crimes Ambientais no Brasil.

Infelizmente virou uma rotina os pescadores artesanais filmarem sucessivos vazamentos de óleo no mar nas três baias fluminenses (Guanabara, Sepetiba e da Ilha Grande): o “sacrifício ambiental” continua acelerado apesar destes ecossistemas marinhos e costeiros terem desde 1998 o status legal na Constituição Estadual-RJ como Área de Proteção Permanente (APP) e como Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE).

E desde 2012 a nossa Baía de Guanabara teve o reconhecimento internacional pela UNESCO como Patrimônio Mundial Cultural da Humanidade. Os pescadores artesanais do estado do RJ vivenciam nas últimas décadas um acelerado processo de empobrecimento econômico, insegurança alimentar e muitas famílias dos territórios pesqueiros mais poluídos encontram-se na extrema pobreza. é o chamado Racismo Ambiental.

A mancha de óleo que está vazando comprovada com  vários vídeos feitos por pescadores artesanais, e somente “identificada” pelos órgãos governamentais no dia 02 de maio de 2025, está se deslocando do Canal do Cunha para o Porto do Rio, na Praça Mauá.