Nos dias 02 e 03 de outubro foi realizado o Primeiro Encontro dos Povos Indígenas do estado do RJ na Fundação Oswaldo Cruz,  no campus da Fiocruz Mata Atlântica em Jacarepaguá e na sede da Avenida Brasil (Castelinho da Fiocruz e Asfoc) com a participação de representantes de aldeias indígenas dos municípios de Angra dos Reis, Paraty e Maricá (RJ).

O objetivo do encontro foi dar continuidade ao processo de escuta livre, informada e esclarecida prevista na Convenção  169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT-1989) e na CRFB-1988 sobre as prioridades de Políticas Públicas. Foram apontadas pelas comunidades indígenas fluminenses as áreas da segurança alimentar e nutricional, restauração ecológica do bioma Mata Atlântica, saneamento ecológico e garantia do direito à água para consumo humano, saúde diferenciada, bem estar e saúde animal, educação Indígena e assistência social, entre outras  apresentadas pelas lideranças presentes entre os quais Caciques, Vice-caciques e Pajés.

Eles vieram à cidade do Río de Janeiro representar os homens, mulheres e jovens aldeados. Nos meses de julho e agosto de 2024, ocorreu a primeira etapa da consulta prévia, por meio de visitas à maioria das aldeias para apresentação de minuta de proposta de Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado entre a Fiocruz e o Movimento Baía Viva.

O acordo foi para implantação de projetos e programas de políticas públicas junto às comunidades tradicionais que nos dois encontros recebeu várias contribuições e propostas formuladas pelas comunidades e foi assinado pelos participantes, e por representantes da Secretaria Nacional da Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e do Conselho Estadual dos Direitos Indígenas (CEDIND-RJ).

O evento contou com a presença do presidente da Fiocruz, Mário Moreira, e do Vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde, Hermano Albuquerque de Castro, e de vários pesquisadores e pesquisadoras da Fiocruz Mata Atlântica e de outras unidades da Fundação.