O tempo seco desde setembro de 2024 que vinha provocando sucessivos alertas da população às autoridades acabou por evoluir em forma de vários focos de incêndios desde o final de fevereiro e ainda permanece depois do carnaval. A festa parece ter escondido da grande imprensa a urgência de mostrar a situação que afeta milhares de moradores da cidade. Não há efetivo suficiente dos Corpos de Bombeiros, veja a situação no vídeo abaixo.

Cada pessoa que filmar, fotografar incêndios florestais além de postar em seus grupos, pode fazer uma denúncia na Ouvidoria do Ministério Público Estadual para ter o máximo de registros documentados.  Bastante reclamações leva o Ministério Público a atuar cobrando os poderes públicos federal, estadual e do município, que tem responsabilidades compartilhadas na prevenção e combate aos incêndios florestais.

Não há previsão de chuvas para a região

Segundo o site Lei Seca de Maricá, a cidade conta com apenas um caminhão ABTS, conhecido popularmente como “caminhão da água”, além da unidade descentralizada de Itaipuaçu, que é um Posto de Guarda (PG) mantido pela Prefeitura. No entanto, quando precisa reabastecer, essa viatura também precisa percorrer cerca de 40 km até Flamengo, o que atrasa ainda mais o tempo de resposta às emergências.

Foram reportados ao GT Com do Baía Viva focos de incêndios e apelos de várias localidades como Ubatiba, rua tapajós, na encosta da Pedra de Itaocaia, em Manoel Ribeiro, e Pindobal, onde as árvores queimando foram caindo na rede elétrica derrubando um poste que paralizou a Av. Antonio Calado em direção a Bambuí e Cordeirinho.

Muitas perdas na Natureza com incêndios sem controle

Outras ocorrências foram anotadas neste fim de semana no Itaocaia Valley e no Camburi, onde pessoas perderam plantações inteiras de hortaliças. Nas áreas de reservas da APA de Maricá houve perda de vegetação que tentava se recuperar de incêndios passados. Abaixo tem fotos de frutíferas nativas da restinga como Cambuim amarelo, Cambuim roxo, Pitangatuba, além de muitas outras, das quais muitas se encontram ameaçadas e se tornaram raras. E também de uma espécie endêmica do litoral do estado do rio chamada tataré. Ela se encontra em estado crítico de preservação, em fase de entrar para extinção. Mudas e brotos foram queimados.

Além disso, muitas abelhas nativas como jataís, mamangavas, inúmeras abelhas solitárias e irapuás dependem da restinga e nela vivem.

A população pode denunciar crimes ambientais, incluindo queimadas, através dos números (21) 2253-1177 ou 0300 253 1177, ambos com WhatsApp anonimizado, ou pelo aplicativo “Disque Denúncia RJ”.

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