Uma atividade extra movimentou esta semana o projeto Estaleiro Escola, onde o movimento Baía Viva é idealizador e parceiro. A turma foi visitar o veleiro transoceânico Amerigo Vespucci, da Marinha da Itália. A “embaixada flutuante”, como é conhecido, vai cruzar três oceanos e visitar cinco continentes, desde primeiro de julho de 2023 até agosto de 2025. Nem o próprio Américo Vespúcio, navegador e cosmógrafo italiano, teria viajado tanto, nos idos de 1501.

Toda a visita foi guiada por marinheiros e pelas fotos dá para assegurar que foi um dia de aula bem proveitoso. Quase todos os detalhes do navio são feitos em marcenarias navais das mais antigas do mundo. A visitação terminou em 25 de outubro, mas no Edifício Touring, em frente à Praça Mauá, vai acontecer uma exposição de 40 fotos sobre a embarcação. O navio tem 100 metros de comprimento, 21 metros de largura e 28 metros de altura, e atua como navio-escola desde 6 de junho de 1931.

O NOME QUE BATIZOU A AMÉRICA

Amerigo Vespucci é a forma italiana de Américo Vespúcio. Fez suas primeiras viagens com Gonçalo Coelho, navegador português que mapeou a costa brasileira entre 1501 e 1503. Foi nessa viagem que tiveram a ideia religiosa de ir batizando os locais destacados com referências as datas importantes do calendário católico.

Assim Pernambuco ganhou o Cabo de Santo Agostinho, a Bahia ganhou a baía de Todos os Santos e no dia de São Sebastião, chegaram ao Rio de Janeiro.

Vespúcio é envolvido em dúvidas históricas, mas resiste seu livro sobre as viagens transcontinentais portuguesas, Mundus Novus, publicado em torno de 1503-1504, em que o autor nos relata, maravilhado:

.. E se no mundo existe algum paraíso terrestre, sem dúvida não deve estar muito longe destes lugares “.

Ele falava do Brasil, capicchi ?