Por Comunicação Movimento Baía Viva
Na sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021, aconteceu uma importante reunião virtual sobre a Universidade do Mar. Participaram o Promotor de Justiça José Alexandre Maximino Motta, coordenador do GAEMA (Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente) do Ministério Público do Estado (MP-RJ), as três instituições proponentes do projeto – a MORENA Associação de Moradores de Paquetá, o Movimento Baía Viva e a Reitoria da UERJ, e representantes da Secretaria de Cultura Municipal do Rio de Janeiro (SMC) Ericka Gavinho, Vera Saboya e Flávio Teixeira, e Maria Clara pela Secretaria do Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI).
Na reunião foram debatidas formas de garantir recursos para a restauração do Solar Del Rey de Paquetá e a viabilidade de compatibilização dos usos do espaço como centro cultural e biblioteca pública, antiga reivindicação da comunidade, com as atividades educacionais e científicas da Universidade do Mar. O projeto da Universidade do Mar, pensado originalmente para ser implantado somente na Ilha de Brocoió, passou a conceber a possibilidade de ser também sediado, de modo compartilhado, no Solar Del Rey.
Em janeiro deste ano, foi formada uma comissão de moradores vinculada à MORENA para debater o futuro projeto de uso do Solar após seu restauro e propor formas para ampliar esse debate para os diversos segmentos da comunidade de Paquetá. O projeto de restauração do Solar Del Rey é fruto de uma intensa luta comunitária desde que a única Biblioteca Pública do bairro foi desativada e fechada há 11 anos. Desde então, este imóvel tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) encontra-se fechado, em graves condições de conservação. Está em fase de aprovação final pelo IPHAN, o projeto executivo e a planilha de custos para a obra de restauração elaborada pela Prefeitura.
A Universidade do Mar insere-se na perspectiva da Década dos Oceanos (2021-2030), instituída pela ONU, e funcionará como uma Universidade Aberta oferecendo cursos livres voltados aos insulanos e comunidades pesqueiras, projetos de extensão universitária e educação ambiental, ações de monitoramento ambiental, gestão do lixo marinho e de conservação da vida marinha, já que algumas espécies como o boto-cinza – símbolo do brasão do Rio de Janeiro já é considerado ameaçado de extinção.
Fotos Liliane Mundim – Moradora de Paquetá
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