O Movimento Baía Viva foi procurado por moradores/as de diversos bairros cariocas preocupados com o extermínio de árvores que, nesses últimos anos, vem sendo realizadas de forma indiscriminada, sem considerar a legislação e os devidos critérios técnicos pela COMLURB e pela concessionária de energia elétrica LIGHT, no município do Rio de Janeiro. Esta prática está em desacordo com o Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU) elaborado por técnicos competentes da Prefeitura e organizações comunitárias, ecologistas e pesquisadores; assim como viola e desrespeita flagrantemente o DIREITO À CIDADE assegurado na Constituição Federal de 1988, no Estatuto da Cidade (Lei Federal no. 10.257/2001), na Lei Orgânica municipal e no Plano Diretor da Cidade do RJ, além de ser tipificado como Crime Ambiental pela “Lei da Natureza” (Lei Federal no. 9605/1987).

É lamentável constatar que, ao longo dos anos, vêm crescendo as práticas das podas irregulares e desnecessárias de árvores saudáveis, muitas delas centenárias, localizadas em vias públicas e praças de diversos bairros da cidade do Rio de Janeiro. Segundo Sérgio Ricardo, membro fundador do Movimento Baía Viva, há um contexto que precisa ser analisado: “Nota-se que esta inadequada e ilegal prática de podas abusivas em todos os bairros cariocas, avançou muito e de forma acelerada à partir do desmonte e esvaziamento, em sucessivos governos, da conceituada Fundação Parques e Jardins. Essa instituição, com mais de 100 anos, reconhecida por ser altamente qualificada, vem sofrendo ao longo dos últimos anos, cortes de verbas orçamentárias, a falta de realização de concurso público e com funcionários e técnicos em processos de aposentadoria. Além disso, não há uma efetiva fiscalização e transparência por parte da Prefeitura sobre as podas indiscriminadas feitas pela concessionária privada LIGHT. Em relação às podas assassinas de árvores, o Rio de Janeiro virou uma terra sem lei!”, afirma o ecologista e gestor ambiental.

Como Participar da Campanha “Pelo fim das podas assassinas da COMLURB e LIGHT!”

Qualquer cidadão carioca ou morador da cidade do Rio de Janeiro, pode participar da campanha fazendo com seu próprio celular fotos e vídeos dessas podas assassinas. Não esqueça de  informar o dia, hora e o local, onde está ocorrendo a poda assassina de árvore no seu bairro ou comunidade. Além de divulgar nas suas redes sociais, denuncie para a Patrulha Ambiental – 1746, e no Ministério Público Estadual do RJ, nos seguintes contatos: fones 127 ou (21) 2262-7015, ou pelo whatsapp (21) 993663100

*NÃO ESQUEÇA de pedir sempre o número da sua reclamação/denúncia e de também divulgar estes dados nas redes sociais!

Assine e compartilhe a petição “PAREM COM O EXTERMÍNIO DE ÁRVORES NO RIO DE JANEIRO!” nesse LINK!

Um Pouco de Historia

Em Outubro de 2019, moradores do bairro de Laranjeiras foram a público lamentar a mudança na paisagem do bairro. Vias públicas que antes eram verdes e com árvores inteiras e saudáveis, encontravam-se com pedaços de troncos, apenas uma lembrança de que ali existira uma árvore. Descobriu-se que isso não era exclusividade de Laranjeiras; sendo um problema também nos bairros: Humaitá, Botafogo, Copacabana, Flamengo, Santa Tereza, Jardim Botânico, Lagoa, Leblon, Tijuca, Penha, Barra, Recreio, Ilha do Governador e Paquetá, entre outros situados nas Zonas Norte e Oeste do Rio.

Esses cortes irregulares afetam diretamente a qualidade de vida da população da cidade do Rio de Janeiro, principalmente nos dias quentes, por serem responsáveis pela formação de sombra e por proporcionarem maior umidade, refrescando assim o ar da cidade. As árvores em vias urbanas, além de evitarem as “ilhas de calor” e melhorar às condições climáticas da cidade, também servem como lar (abrigo) para diversas aves, e como barreira acústica, reduzindo a poluição sonora dos centros urbanos, e como aliadas no combate à poluição atmosférica, melhorando a qualidade do ar e neutralizando as emissões de gases poluentes, sem contar o seu valor histórico, paisagístico e afetivo para a comunidade.

No início desse ano, diversas tentativas têm sido feitas, por e-mail e telefone, no sentido de criar um canal de diálogo com a Presidência da COMLURB, para a sociedade civil e entidades técnicas apresentarem à Prefeitura do Rio um conjunto de propostas visando a imediata criação e implantação de um Protocolo Participativo para prevenir, evitar a continuidade desta prática destrutiva e devastadora da Arborização Urbana municipal. Apesar da nossa insistência, que está documentada, não houve disposição de iniciar um diálogo transparente e democrático por parte da direção deste órgão. Lamentamos que a Presidência da COMLURB negue-se ouvir e dialogar com a população e analisar as propostas e soluções viáveis e de baixo custo para os cofres públicos que foram formuladas por cidadãos, coletivos e técnicos. Infelizmente, temos visto milhares de árvores sendo cortadas, decepadas, mutiladas, assassinadas!

#movimentobaiaviva

Seguimos junto com a população do Rio de Janeiro, na luta contra estas ilegalidades e a falta de transparência nas ações de eliminação, remoção e mutilações de árvores na cidade!