Um colaborador enviou para o Grupo de Comunicação do movimento Baía Viva um vídeo de um trecho do rio Morto, que margeia as avenidas de acesso ao bairro, desde a praia da Macumba, no Recreio dos Bandeirantes. No vídeo uma fina camada verde cobre a superfície desse rio, que há muitos anos se tornou canal de esgotamento sanitário das propriedades comerciais e moradias das duas Vargens e parte do Recreio.

A situação que já era ruim tende a piorar, com possível mortandade de peixes, os poucos que ainda vivem por lá. A camada verde impede a luz solar e reduz a oxigenação da água. ” É a proliferação de cianobactérias e algas, somada a morte de espécies vegetais aquáticas. Isso causa a eutrofização da água, que dá esse aspecto verde. Muitas vezes é um caldo de clorofila de vegetais em decomposição. O impacto para a biodiversidade é asicamente a formação de um filme na camada superficial da água que atrapalha a entrada de luz, reduz o oxigênio na água e causa morte de várias espécies.  Ou seja causa mortandade em toda a cadeia alimentar, infelizmente. É um estágio avançado de degradação da água”, explica Maria Júlia Cavalcante da Silva Carvalho, cientista ambiental pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO -, e voluntária do movimento Baía Viva.